Dicionário Crítico De Política Cultural

Código: 310868 Marca:
Ops! Esse produto encontra-se indisponível.
Deixe seu e-mail que avisaremos quando chegar.

Multiculturalismo, valor cultural, cultura objetiva, globalização cul­­tural, gosto, inerte cultural, cidade, cultura digital, diversidade cultural, direitos culturais, cultura do risco – estes e outros verbetes (mais de 200), essenciais à compressão da cultura e da política cultural contemporâneas, são aqui apresentados ao lado de uma lista de mais de 600 não-termos, numa obra ainda única no panorama mundial.

Nesta edição, revista e ampliada, e que sai em paralelo à edição espanhola da obra, uma estrutura central para a política cultural se desenha e permite compreender sob outro prisma não apenas essa nova disciplina como o próprio processo da cultura atual. Saindo dos caminhos habituais da sociologia e da política e buscando contribuir para uma ideia de Política Cultural adequada à época, esta edição do Dicionário crítico de política cultural abre um espaço mais amplo para o tratamento da arte e suas relações nem sempre evidentes com a cultura.


A Ciência das Estruturas Culturais


A Política Cultural não é, ou não é mais, apenas um conjunto de iniciativas avulsas e ocasionais, não raro desencontradas e conflitivas, que buscam promover a cultura (ou cerceá-la, conforme o momento...). Para alcançar seus objetivos no cenário complexo de hoje, uma política cultural não tem como deixar de assumir uma forma tão precisa quanto possível; em outras palavras, deve erguer-se sobre uma estrutura. Uma estrutura definida porém não rígida: flexível, porque só assim poderá corresponder aos desdobramentos e meandros do processo cultural a que deve atender. É flexível mas não invertebrada, porque a cultura é uma matéria, a requerer bases resistentes. Se busca uma eficácia real e não apenas um efeito de discurso, uma política cultural deve ser capaz de identificar o que está em jogo na dinâmica cultural que lhe serve de objeto. E isso apenas conseguirá fazer se assumir, tanto quanto possível, a forma de uma ciência: a ciência da organização das estruturas culturais.

Este dicionário propõe-se demonstrar que é possível falar-se na Política Cultural como um campo definido das ciências humanas, com objetos, fins e procedimentos próprios. O caminho escolhido para essa demonstração começou pela identificação dos termos recorrentes em Política Cultural e dos termos que a Política Cultural ainda não usa porém que não mais pode dispensar. E continuou com a atribuição crítica de conceitos a esses termos, frequentemente utilizados, nos textos dos ensaístas tanto quanto nos decretos e discursos políticos sobre a cultura, como evidentes por si sós — o que está longe de ser o caso. O que é mesmo ação cultural, em que se distingue da animação cultural? A Política Cultural trabalha com a imaginação ou com o imaginário? São questões como essas que este dicionário propôs-se a enfrentar.

Não basta no entanto, para que se possa falar numa ciência ou num sistema, que existam termos reconhecíveis com conteúdos relativamente estáveis: é preciso que esses termos mantenham, entre si, relações observáveis. Este dicionário mostra que essas relações existem. Significado desta operação: uma Política Cultural não pode mais formular-se errática e espasmodicamen­te; se não quiser ser de imediato desmascarada em sua ineficiência, ocasional ou desejada, terá de responder aos novos padrões de exigência cultural (quer dizer, social) que se apresentam.

Política Cultural não é mais assunto apenas de economia e sociologia; a presença, na prancheta do designer cultural, dos novos estudos antropológicos, como os do imaginário (nem tão novos assim), é uma imposição. Do mesmo modo, antigos hábitos de pensamento, como o da necessidade da arte e da cultura, não podem mais deixar de confrontar-se com ideias de distinta natureza, como a do desejo da arte e da cultura. A Política Cultural que serve à necessidade não é a mesma que atende ao desejo.

Como nunca houve e não há espaço para ciências do homem e da cultura que sejam estanques, a Política Cultural recorre a termos e conceitos pertencentes a domínios conexos — o que permite a este dicionário oferecer-se a uma variada gama de estudiosos dos fenômenos culturais.

Sobre o autor(a)

Coelho, Teixeira

Teixeira Coelho (São Paulo, 1944-) tornou-se Professor Emérito da Universidade de São Paulo em 2015, possui graduação em Direito (1971) pela Universidade de Guarulhos, mestrado em Ciências da Comunicação (1976) pela ECA-USP, doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada (1981) pela FFLCH-USP e pós-doutorado pela University of Maryland, EUA (2002). Na USP além de ser professor titular aposentado, obteve também os títulos de livre-docente e professor adjunto, perfazendo a carreira universitária completa. Foi professor de Teoria da Informação e Percepção Estética e de História da Arte da Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie.
ISBN 9788573213140
Autor(a) Coelho, Teixeira (Autor)
Editora Iluminuras
Idioma Português
Edição 1
Ano de edição 2000
Páginas 448
Acabamento Brochura
Dimensões 23,00 X 16,00
Pague com
  • Pagali
  • Pix
Selos
  • Site Seguro

LIDF LIVRARIA INTERNACIONAL DO DISTRITO FEDERAL - CNPJ: 19.294.574/0001-48 © Todos os direitos reservados. 2023


Para continuar, informe seu e-mail

Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade